Neil Ferreira,
(Cerqueira César, 18 de abril de 1943, São Paulo, 7 de novembro de 2017) foi um publicitário atuante entre os anos 1961 e 2005.
Aos 15 anos começou a trabalhar como office boy e revisor na redação do Diário da Noite. Depois passou a repórter, na Folha de São Paulo e na revista O Cruzeiro , onde ficou dos 17 aos 21 anos.
Em seguida entrou para a agência de publicidade C.I.N. (hoje Leo Burnett) onde permaneceu por 6 meses. Em 1964 foi para a Standard Propaganda (atual Ogilvy) e, em 1967, para Alcântara Machado Publicidade- Almap (hoje Almap BBDO ) onde trabalhou com Alex Periscinoto por 2 anos.
Em 1969 foi para a agência Norton Propaganda, de Geraldo Alonso, por 2 anos. Integrou o time dos redatores e criadores de arte com Jarbas José de Souza, Carlos Wagner de Moraes, Anibal Guastavino e José Fontoura da Costa. De 1969 a 1970, esta agência ganhou 48 prêmios e foi escolhida a agência do ano, ganhou o 3º lugar em faturamento no Brasil e Neil ganhou o prêmio de Profissional do Ano. Seu anúncio mais famoso foi “Os Subversivos”.*
Em 1977, trabalhou por 48 dias na agência Proeme de Enio Mainardi e neste mesmo ano foi para DPZ (hoje DPZ&T ) . No intervalo de 1990 a 1992 foi para a Salles Interamericana de Publicidade, (atual Publicis Groupe) como vice-presidente de criação. Voltou para a DPZ quando leu no jornal um pedido inusitado: “Neil queridinho, volte pra casa.Está tudo perdoado!”, assinado por um enorme Z de Zaragoza. Ficou até 2006 num total de 18 anos.
Depois disso trabalhou como freelancer na conta da Arisco. Assinou uma coluna no Jornal do Comércio entre 2008 e 2013.
Datas – Revista VEJA
Por Da Redação
Publicado em 10 nov 2017, 06h00
Morreram
Neil Ferreira, publicitário paulista. Criou campanhas memoráveis, de imensa repercussão, como a do Leão do Imposto de Renda, a pedido da Receita Federal, e a da figura engraçada, charmosa e querida do “baixinho da Kaiser”.
Durante dezoito anos, formou dupla com o publicitário espanhol José Zaragoza (1930-2017), cofundador da agência DPZ. Iniciou a carreira profissional como jornalista, com passagens pela Folha de S.Paulo e pelo Jornal do Brasil. Aos
21 anos, migrou para a publicidade, começando na Standard, pela qual criou, em 1968, a campanha de lançamento de VEJA. Em 1977, ingressou na DPZ, e, nas décadas de 80 e 90, tornou-se referência no mercado, disputadíssimo. Em
2002, passou a se dedicar a escrever crônicas. Dia 7, aos 74 anos, de causas não reveladas, em São Paulo.
Mercado – Folha de São Paulo
Publicitário que criou Leão do Imposto de Renda morre aos 74
MARIANA BARBOSA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA 08/11/2017 02h00
O publicitário Neil Ferreira, criador do Leão, símbolo do Imposto de Renda, morreu nesta terça (7), de câncer, aos 74 anos. Um dos redatores de publicidade mais respeitados e admirados de sua geração, Ferreira formou com José Zaragoza, o Z da DPZ, morto em maio, uma das duplas mais premiadas do país.
Além da campanha para a Receita Federal nos anos 1980, é de sua autoria o Baixinho da Kaiser e o comercial “Vandalismo” (conhecido como “A morte do orelhão”), premiado com Leão de Bronze em Cannes em 1980.
Caseiro, adorava cuidar do jardim e dos cachorros em seu sítio em Cotia e vivia longe dos badalos habituais da publicidade. “Neil não tinha a visibilidade nem o charme do Washington Olivetto, mas é um dos talentos que fizeram a gente amar a DPZ. Foi por causa de caras como ele que entrei para a propaganda”, diz o publicitário Nizan Guanaes, do Grupo ABC.
Nascido em Cerqueira César (SP), começou a carreira como office-boy nos Diários Associados. Teve uma breve passagem como redator de jornal e colaborou com alguns veículos, como a Folha. Aos 21, virou trainee na Standard Propaganda, onde conheceu Roberto Duailibi e Julio Cosi Jr. Passou por CIN, Almap, Norton e P.A Nascimento, antes de entrar na DPZ, onde trabalhou por quase 20 anos, entre os anos 1970 e 1990.
“Baixinho da Kaiser” em cena de publicidade
Deixou de lado a carreira temporariamente algumas vezes. Em uma delas, foi chamado de volta a DPZ por Zaragoza por meio de um anúncio publicado em um jornal que dizia: “Neil, queridinho, volte pra casa. Tudo está perdoado. Z”.
No início dos anos 2000, abandonou definitivamente a rotina de agência e virou freelancer, passando a trabalhar de casa. Há cinco anos, recebeu o Prêmio Jeca Tatu, concedido pela Alap (Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade) e que homenageia criativos que valorizam a cultura e as raízes brasileiras. Adorava tanto Monteiro Lobato que batizou seu filho com o prenome do escritor, José Bento.
O velório do publicitário, no Albert Einstein, vai até as 12h desta quarta (8). O corpo será cremado no Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. Ferreira deixa mulher e dois filhos.
Retirado do Blog do Adonis Alonso
MORREU UM GRANDE CRIADOR DE ÍCONES
Publicado em 07/11/2017 2:28 pm
Neil Ferreira (1943-2017)
O Baixinho da Kaiser e o Leão do Imposto de Renda são apenas duas das muitas criações de Neil Ferreira, um dos maiores redatores da propaganda brasileira, que faleceu na tarde desta terça-feira (7) em São Paulo, aos 74 anos. Ele também assinou o premiadíssimo comercial “A Morte do Orelhão”, em 1981, para Telesp.
Uma das estrelas da década de ouro da DPZ, nos anos 70 dividia com Washington Olivetto o status de “queridinho” da agência de José Zaragoza, Francesc Petit e Roberto Duailibi.
Fora do mundo das agências desde 2002, durante os últimos anos atuou como free-lancer. Entre outros cases de sucesso, também foi o principal criativo das campanhas da marca Arisco, que deu origem ao atual megagrupo Hypermarcas.
Neil Ferreira nasceu em Cerqueira César, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1943. Fez parte do grupo conhecido como “Subversivos”, grupo de criativos que atuou na antiga Norton formado por ele, Jarbas José de Souza, Carlos Wagner de Moraes, Aníbal Gustavino e José Fontoura da Costa.
Em sua segunda passagem pela DPZ, a partir de 1986, formou com Zaragoza uma das mais destacadas duplas de Criação da propaganda nacional.
Antes da publicidade, Neil sonhou ser jornalista e chegou a colaborar com jornais como Diário da Noite e Folha de S.Paulo. Começou sua vida nas agências em 1964 na Standard, onde foi assistente de Roberto Duailibi e Julio Cosi.Jr.
Atuou ainda pela CIN, Almap e P.A Nascimento, antes de ingressar na Norton, em 1969, último estágio antes da primeira passagem pela DPZ. Nos anos 80 trabalhou na SGB e Salles Interamericana, nesta como vice-presidente de Criação.
O velório de Neil está sendo realizado hoje (7) na sala 3 do Hospital Albert Einsten. Seu corpo será cremado amanhã (8) no Horto da Paz em Itapecerica da Serra.
Retirado do Jornal Estado de SP
Morre o publicitário Neil Ferreira,
aos 74 anos
No fim da década de 70, Ferreira formou com José Zaragoza, já falecido, uma das mais importantes duplas de criação da história da publicidade brasileira
Por Redação
Morreu ontem em São Paulo, aos 74 anos, Neil Ferreira, um dos ícones da propagada brasileira. No m da década de 70, Ferreira formou com José Zaragoza (que morreu em maio) uma das mais importantes duplas de criação da história da publicidade no País. Na DPZ, a dupla criou lmes que passaram a fazer parte do imaginário dos brasileiros, como o “Menino de olhos vendados”, feito para a Sadia, ou o “Leão do imposto de renda”, criado a pedido da Receita Federal e que transformou o animal em símbolo do IR. Outro personagem marcante foi o “Baixinho da Kaiser”.
“Fico muito feliz em ter sido responsável pela contratação do Neil pela DPZ”, arma Washington de Olivetto, fundador da W/Brasil e consultor criativo da McCann Worldwide. “Zaragoza estava precisando de um redator e eu saí dizendo que a gente tinha de trazer o Neil.”
Segundo Olivetto, foi em uma palestra de Ferreira que ele decidiu de fato ser publicitário. “A propaganda brasileira deve muito a ele. E eu não teria existido sem o Neil.”
‘Baixinho da Kaiser’foi um dos sucessos criados por
Neil Ferreira Foto: Divulgação
“Criador de grandes campanhas que entraram para a história da propaganda brasileira, Neil foi um dos ícones do nosso mercado e teve sua história profundamente ligada à da agência”, diz Eduardo Simon, presidente da DPZ&T.
Nascido em Cerqueira César, no interior de São Paulo, Ferreira iniciou sua carreira como jornalista. Em 2002, deixou o mercado de agências.
O corpo do publicitário será cremado hoje, no Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.