Neil, a marca.
Nós, profissionais de criação de propaganda que nos autointitulamos criativos, estamos sempre à procura da slogan, da palavra-chave, daquilo que sintetiza o diferencial de uma marca, de um produto, de uma. empresa, de uma pessoa. Em poucas palavras, a marca da marca. E quando chegamos lá, orgulhosamente nos
tornamos “o autor”.
E foi atrás desse slogan e dessa palavra, da marca do Neil, do que ele representou no mundo da propaganda, que eu acabei chegando lá.
Cheguei no anúncio que o Neil criou na Norton, e para a Norton, agência de publicidade onde ele era o diretor de criação. Na foto, lá estava a fantástica equipe de criação que ele montara, Neil à frente. E o título: “Os subversivos”.
Essa era uma palavra forte e cheia de significados em tempos de ditadura.
Traduzia à perfeição o que o Neil representava: a ousadia, a inovação, ir contra a tradição, o de sempre, enfim, romper com as “ditaduras”. Subversão pura.
Então, pensei que, por mais que eu tentasse, não chegaria nunca a um slogan tão definitivo e tão verdadeiro:
Neil, o subversivo.
Assim, resolvi copiá-lo.
Mais uma vez, o Neil tinha chegado na frente.